Países com Mais Terremotos no Mundo: Ranking, Impactos e Estratégias de Prevenção
Descubra quais são os países com mais terremotos no mundo, por que essas regiões são tão afetadas, os impactos sociais e econômicos e as principais medidas de prevenção adotadas.
vilmar pinheiro da costa
9/1/20257 min read


Introdução
Os terremotos estão entre os fenômenos naturais mais devastadores do planeta. Eles acontecem devido ao movimento das placas tectônicas que compõem a crosta terrestre e, dependendo da intensidade, podem causar desde pequenos tremores quase imperceptíveis até catástrofes que mudam a história de países inteiros. Conhecer quais são os países com mais terremotos é essencial não apenas para a geografia, mas também para a segurança, a prevenção de desastres e a compreensão da vulnerabilidade de milhões de pessoas.
Ao longo deste artigo, vamos explorar os países que mais registram terremotos no mundo, entender por que essas regiões são tão afetadas, analisar as consequências sociais e econômicas dos abalos sísmicos e conhecer as principais estratégias de prevenção e mitigação adotadas em cada lugar.
Como os terremotos são medidos
Para compreender melhor os países mais atingidos, é fundamental entender como os terremotos são medidos.
Escala Richter: criada em 1935, mede a magnitude dos terremotos com base na energia liberada. Ainda muito usada na mídia, mas já considerada limitada para abalos muito grandes.
Escala de Magnitude de Momento (Mw): mais moderna e precisa, é a escala oficial usada atualmente pela comunidade científica. Mede a energia total liberada durante um terremoto.
Escala Mercalli: avalia a intensidade sentida pela população e os danos causados, variando de I (imperceptível) até XII (destruição total).
Essas escalas ajudam a comparar terremotos históricos e a classificar sua gravidade.
Regiões mais propensas a terremotos
O planeta não sofre terremotos de forma uniforme. Alguns locais estão muito mais vulneráveis que outros.
O Círculo de Fogo do Pacífico
Cerca de 90% dos terremotos do mundo acontecem no chamado Círculo de Fogo do Pacífico, uma região em forma de arco que se estende do Chile até a Nova Zelândia, passando por países como Japão, Indonésia, Filipinas e Estados Unidos (Alasca e Califórnia). Essa área é marcada pelo encontro de diversas placas tectônicas que se chocam, deslizam e mergulham umas sob as outras.
Outras zonas sísmicas importantes
Além do Círculo de Fogo, há regiões como:
Falha da Anatólia (Turquia)
Planalto Tibetano e Himalaia (Nepal e China)
Irã e Paquistão, no Oriente Médio
Essas áreas estão constantemente sob tensão geológica, o que aumenta a frequência e a intensidade dos terremotos.
Os países com mais terremotos no mundo
A seguir, um ranking com análise detalhada de alguns dos países que mais sofrem com terremotos, seja em frequência, seja em intensidade.
1. Japão
O Japão é, sem dúvida, o país mais lembrado quando se fala em terremotos. Localizado no coração do Círculo de Fogo do Pacífico, o arquipélago japonês está sobre a convergência de várias placas tectônicas: a placa do Pacífico, a placa das Filipinas, a placa Euroasiática e a placa Norte-Americana.
Entre os terremotos mais marcantes da história do Japão, está o de 2011, que atingiu magnitude 9,0 e provocou um devastador tsunami, causando mais de 18 mil mortes e o acidente nuclear de Fukushima. Apesar disso, o Japão também é um exemplo de preparação: conta com sistemas avançados de alerta precoce, construções resistentes e uma população treinada para evacuação.
2. Indonésia
Composta por milhares de ilhas, a Indonésia está localizada sobre o encontro das placas da Austrália e da Eurásia. Essa condição faz do país um dos mais sísmicos do mundo.
Em 2004, a Indonésia foi o epicentro de um dos terremotos mais mortais da história moderna, com magnitude 9,1, que gerou um tsunami devastador atingindo diversos países do Oceano Índico e causando a morte de mais de 230 mil pessoas.
3. Chile
O Chile é o país sul-americano mais afetado por terremotos. Situado também no Círculo de Fogo, o país já enfrentou alguns dos maiores abalos da história. O mais famoso ocorreu em 1960, em Valdivia, com magnitude 9,5 — o maior terremoto já registrado no planeta.
A geografia do Chile, estreita e comprida, aumenta os riscos, já que praticamente todo o território está próximo da zona de subducção entre as placas de Nazca e Sul-Americana.
4. Turquia
A Turquia está localizada sobre a falha da Anatólia, uma das mais ativas do mundo. Em fevereiro de 2023, o país enfrentou um terremoto de magnitude 7,8, que deixou mais de 50 mil mortos e milhares de desabrigados, sendo uma das maiores tragédias humanitárias recentes.
5. Nepal
O Nepal sofre com terremotos devido à colisão constante entre a placa indiana e a eurasiática, responsável pela formação do Himalaia. Em 2015, um terremoto de magnitude 7,8 devastou Katmandu e matou mais de 8 mil pessoas. A vulnerabilidade do país está relacionada tanto à sua posição geográfica quanto à falta de infraestrutura resistente.
6. México
O México, especialmente na região próxima ao Pacífico, registra terremotos com frequência. Em 2017, um terremoto de magnitude 7,1 atingiu a Cidade do México, provocando colapsos em edifícios e mais de 300 mortes. O país investe cada vez mais em sistemas de alerta, mas ainda enfrenta grandes desafios devido à densidade populacional nas áreas de risco.
7. Filipinas
Assim como a Indonésia e o Japão, as Filipinas estão localizadas no Círculo de Fogo do Pacífico. O país sofre tanto com terremotos quanto com erupções vulcânicas. A combinação de alta densidade populacional e vulnerabilidade geográfica torna o risco ainda maior.
8. Irã
O Irã está situado sobre várias falhas geológicas. Historicamente, o país enfrentou terremotos devastadores, como o de Bam, em 2003, que matou mais de 26 mil pessoas. A grande dificuldade do Irã está na fragilidade das construções, que muitas vezes não seguem padrões resistentes.
9. China
Com sua vasta extensão territorial, a China possui várias zonas sísmicas. Um dos terremotos mais mortais da história ocorreu em Shaanxi, em 1556, matando cerca de 830 mil pessoas. Mais recentemente, em 2008, a província de Sichuan foi atingida por um terremoto de magnitude 7,9 que matou quase 90 mil pessoas.
10. Estados Unidos (Alasca e Califórnia)
Nos EUA, o estado do Alasca é a região mais sísmica do país, seguido pela Califórnia, cortada pela famosa Falha de San Andreas. Em 1964, um terremoto de magnitude 9,2 atingiu Anchorage, no Alasca, sendo o mais forte já registrado no território norte-americano. A Califórnia, por sua vez, convive com a expectativa de um grande terremoto conhecido como “The Big One”.
Consequências sociais e econômicas dos terremotos
Os terremotos vão muito além do abalo físico. Suas consequências podem ser desastrosas:
Humanas: mortes, feridos, desaparecidos e traumas psicológicos.
Econômicas: destruição de infraestrutura, prejuízos bilionários e impacto na economia local e global.
Ambientais: tsunamis, deslizamentos de terra e alterações no solo.
Culturais: perda de patrimônio histórico e artístico.
Um único terremoto pode atrasar décadas de desenvolvimento de um país.
Medidas de prevenção e preparação
Embora não seja possível impedir terremotos, existem estratégias que podem salvar milhares de vidas:
Sistemas de alerta precoce: Japão e México são exemplos de países com tecnologia avançada para avisar a população segundos antes do abalo.
Construções sismo-resistentes: edifícios projetados para absorver impactos e evitar colapsos.
Educação e simulações: treinar a população para agir corretamente em caso de terremoto.
Planos de evacuação: rotas seguras e abrigos preparados.
Cooperação internacional: troca de informações científicas e ajuda humanitária rápida.
O futuro da previsão de terremotos
A ciência ainda não consegue prever o momento exato em que um terremoto vai acontecer. No entanto, avanços em inteligência artificial, sensores de alta precisão e satélites estão ajudando a melhorar o monitoramento das zonas de risco.
Especialistas acreditam que, no futuro, será possível aumentar a eficácia dos alertas e reduzir o número de vítimas fatais. Mas, até lá, a melhor arma contra os terremotos continua sendo a prevenção e a resiliência social.
Conclusão
Os terremotos são inevitáveis e fazem parte da dinâmica natural da Terra. Contudo, os países mais afetados, como Japão, Indonésia, Chile e Turquia, mostram que é possível conviver com esse risco adotando medidas de prevenção, tecnologia e educação.
Ao conhecer os países com mais terremotos e analisar seus desafios e estratégias, percebemos que a luta contra os desastres naturais é global. A cooperação científica, a solidariedade internacional e o investimento em prevenção são fundamentais para que tragédias futuras sejam menos devastadoras.
Mais Assuntos:
Círculo de Fogo do Pacífico: Origem, Impactos e Como Isso Afeta o Planeta
Camadas da Terra: Crosta, Manto e Núcleo
Estrutura da Terra: Camadas e Componentes do Sistema Terrestre
A Deriva Continental: Entendendo o Movimento dos Continentes
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📖 Referências no padrão ABNT
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📚 Referências no padrão APA (7ª edição)
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